OBJETIVO: Realizar revisão sobre os principais aspectos do desenvolvimento imunológico fetal, salientando a defesa de prematuros extremos contra patógenos bacterianos e descrevendo a situação atual de intervenções imunoterapêuticas para a prevenção de sepse hospitalar. FONTES DOS DADOS: Obtiveram-se, por meio de busca eletrônica, no banco de dados MEDLINE, artigos publicados nos últimos 15 anos referentes ao tema, e foram selecionados aqueles que trouxessem informações relevantes. SÍNTESE DOS DADOS: A imunidade de prematuros extremos é deficiente devido à fragilidade da pele, à carência dos produtos de ativação do sistema complemento, ao menor pool de reserva de precursores de neutrófilos na medula óssea e à quimiotaxia, aderência, deformabilidade e atividade enzimática neutrofílicas reduzidas. Limitações adicionais são detectadas na citotoxicidade de células NK, na proliferação e produção de citocinas dos linfócitos T, na cooperação entre células T e B e na síntese de anticorpos pelos linfócitos B. Ainda não foram demonstrados benefícios definitivos de intervenções para incremento da função imunológica dessas crianças, tais como o uso de imunoglobulinas endovenosas e de fatores estimuladores de colônias mielóides. CONCLUSÃO: Em conseqüência à imaturidade de diversos componentes da imunidade, prematuros extremos são altamente suscetíveis a infecções nosocomiais. As possibilidades ainda muito limitadas para a intervenção nesse sistema fazem com que o controle dos fatores extrínsecos sejam essenciais para a prevenção da sepse nosocomial nessas crianças. OBJECTIVE: To review the main aspects of fetal immune development focusing on the host defenses of extremely preterm infants against bacterial pathogens, and describing the possibilities of immunotherapeutic intervention for the prevention of neonatal nosocomial sepsis. SOURCES OF DATA: Electronic search of MEDLINE database for articles published in the last 15 years. Those with relevant information regarding the target issue were selected. SUMMARY OF THE FINDINGS: Immunity of extremely preterm infants is deficient due to skin fragility, insufficient complement system components, decreased bone marrow neutrophil storage pool, and lower chemotaxis, adherence, deformability, and neutrophil enzyme activities. Further limitations are found at NK cell-mediated cytotoxicity, T cell proliferation and cytokine production, B and T cell cooperation, and antibody synthesis by B lymphocytes. No definitive benefits of interventions for enhancing the immune function, such as the use of intravenous immunoglobulin or myeloid colony-stimulating factors, have been demonstrated. CONCLUSION: As a consequence of the immaturity of several immune components, extremely preterm infants are highly susceptible to nosocomial infections. The very limited possibilities for intervention in this system require the control of extrinsic factors for the prevention of nosocomial sepsis in these infants