Sobrevida em cinco anos e fatores prognósticos em mulheres com câncer de mama em Santa Catarina, Brasil

Abstract
Este estudo tem o objetivo de descrever a sobrevida em câncer de mama e os fatores associados à mesma. Caracteriza-se como uma coorte histórica de mulheres com diagnóstico de câncer de mama no período de 2000 a 2002, que foram catalogadas nos registros hospitalares de câncer do Centro de Pesquisas Oncológicas de Santa Catarina e Hospital de Caridade - Irmandade Nosso Senhor dos Passos, os dois localizados em Florianópolis, Santa Catarina, Brasil. Para a análise estatística foram utilizados o estimador de Kaplan-Meier e o modelo de Cox. A taxa de sobrevida geral em cinco anos foi de 76,2% (IC95%: 73,6-78,9). Os fatores independentes associados ao maior risco de óbito foram faixa etária menor de 30 anos (hazard ratio- HR = 3,09; IC95%: 1,25-7,67); as mulheres analfabetas (HR = 3,70; IC95%: 1,44-9,55); as com estadiamento III (HR = 5,27; IC95%: 2,56-10,82) e IV (HR = 14,07; IC95%: 6,81-29,06). Mulheres jovens são aquelas com piores taxas de sobrevida. Também existem muitas mulheres sendo diagnosticadas em estádios avançados, tendo uma sobrevida pior, demonstrando a necessidade de ações de diagnóstico precoce. The aim of this study was to analyze breast cancer survival and associated factors, based on a historical cohort of women with breast cancer diagnosis from 2000 to 2002 recorded in the hospital cancer registries at the Santa Catarina Center for Cancer Research and the Irmandade Nosso Senhor dos Passos Charity Hospital, both located in Florianópolis, Santa Catarina State, Brazil. The statistical analysis used the Kaplan-Meier estimator and Cox model. Overall five-year survival was 76.2% (95%CI: 73.6-78.9). Independent factors associated with increased risk of death were age less than 30 years (hazard ratio - HR = 3.09; 95%CI: 1.25-7.67); illiteracy (HR = 3.70; 95%CI: 1.44-9.55); and stages III (HR = 5.27; 95%CI: 2.56-10.82) and IV (HR = 14.07; 95%CI: 6.81-29.06). Young women had the worst survival rates. There were also many women diagnosed in advanced stages, with worse survival, thus demonstrating the need for early diagnostic measures