Abstract
De Aplysia cervina (Dall & Simpson 1901) conhecia-se, do Brasil, um exemplar de Maceió. Mais um, quase maduro, foi colhido no eulitoral da ilha de São Sebastião. Enquanto vivente, tinha comprimento de 10 cm. A espécie distingue-se, de A. brasiliana, pelas manchas escuras redondas (Fig. 1), pela forma das mandíbulas (Fig. 4) e dos bastonetes (Fig. 5) que as compõem, pelo ceco (Fig. 7, c) encurvado e dirigido mais transversal que longitudinalmente, e pela aproximação dos gânglios bucais. A rádula não oferece seguros critérios sistemáticos. A chave para determinar as 5 espécies de Aplysia, ocorrentes na costa brasileira, possibilita classificação de espécimes adultos, viventes ou conservados em formalina, sem dissecção. A comparação dos órgãos reprodutivos de A. brasiliana, dactylomela, juliana, e cervina mostra que, para a fecundação dos óvulos, os espermatozóides saem do espermatocisto (s) pelo duto (se) deste. Daí passam para a vagina (v). Sobem nela até à região em que os compartimentos vaginal e oviducal (o) se comunicam. Entram no último e descem nele para a câmara de fertilização (ci). Duto uterino (duto de Cuvier) ou comunicação entre vagina e a dita câmara inexiste. A bursa seminal (b) é comparável à glândula atrial de Phyllaplysia (Marcus 1957, f. 15, 16, ae).